Nascido em 1964 em Tingui, no Vale do Jequitinhonha, João Alves cresceu em meio ao barro. Quando criança, acompanhava o pai na olaria da cidade e sempre levava para casa pequenas porções de argila, onde fazia suas primeiras modelagens. O que começou como brincadeira transformou-se em ofício, e hoje João é reconhecido por dar vida a esculturas que contam histórias do cotidiano com poesia e identidade cultural.
O Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, transformou sua realidade por meio da cerâmica. Em uma região marcada por desafios sociais, as mulheres artesãs tornaram-se protagonistas, levando adiante a tradição de modelar o barro em peças únicas, que unem força, delicadeza e identidade cultural.
A produção é inteiramente artesanal: da coleta do barro ao preparo, da modelagem à queima, até os traços finais da pintura feita com pigmentos naturais da própria região. Cada peça é singular e carrega em si a memória e o talento de gerações.
Desde 2018, a Cerâmica do Vale do Jequitinhonha é reconhecida como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais, consagrando os saberes, ofícios e expressões artísticas das artesãs da região.
Ao adquirir uma obra de João Alves você leva para casa não apenas um trabalho artesanal, mas também uma parte da história e da resistência cultural do Vale do Jequitinhonha, um patrimônio vivo que segue encantando o Brasil e o mundo.
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